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segunda-feira, agosto 13, 2007

Com muitas reservas...

Imagine o seguinte quadro (as pinceladas são largas, mas porventura familiares):

Precisa assegurar alojamento para jornalistas e convidados de um Evento no Algarve, em Agosto. Consegue uma ou outra reserva, mas o tempo urge - com a aproximação da data do Evento, são cada vez mais os Hotéis algarvios cheios, e cada vez menos as perspectivas de conseguir o número de quartos de que necessita.

Para não correr riscos e avançar a outros níveis de produção, recorre a uma Agência de Viagens e Turismo, que lhe indica Hotéis nos quais os seus Agentes conseguem reservas e avança "preços promocionais de Agente". Quando solicita à Agência que efectue uma reserva, esta requer uma sinalização de 50%, alegando que o Hotel escolhido exige esse pagamento, por estar completo.

Mas o que diz o Departamento de Reservas do Hotel (AKA, o "detector de mentiras")?

  • O Agente - intermediário - ao qual a Agência "encomenda" a reserva, tem crédito junto do Hotel e usufruiu de uma tarifa infra-promocional (a promoção que o próprio Hotel pratica em Agosto corresponde, afinal, ao "preço promocional do Agente").
  • O Agente efectua a reserva em nome do Cliente final sem que este a sinalize, sabendo, à partida, que a uma semana do check-in o Hotel exigirá o pagamento da reserva na integra, ainda que esta não venha a ser confirmada.
  • Afinal, o Hotel nem sequer está cheio na data do Evento - tem quartos para além do necessário.
Quando as condições são claras e os dados avançados verdadeiros, não há nada de mais legítimo do que a retribuição comissional de cada um dos elos, na cadeia de prestação de um serviço. Contudo, neste caso, as informações do Hotel contrariam as informações da Agência, constatando-se que esta última mente acerca do preço praticado, condições de pagamento e política de cancelamentos. E depois, aquando da desistência da reserva, a Agência volta a mentir acerca da sua retirada - a reserva é mantida em nome do Cliente, que não pode reservar nenhum quarto directamente no Hotel (a sua reserva é considerada uma duplicação das reversas do Agente que, canceladas ou não, terão de ser pagas).

A Agência, essa, começa a falar de "possíveis" custos de cancelamento e apela para um argumento de pressão, que destoa na sua prestação global: os deveres a cumprir pelas Agências de Viagens junto dos Agentes com os quais trabalha. Segundo esta Agência, a um mês do check-in tem de ser feito um depósito de 25% no acto da reserva; e a menos de dez dias, costuma pedir-se 50% a 75%, sendo o restante pago quando se levanta a documentação.

Estes deveres, tardiamente apontados, poderão até corresponder à cartilha da prática corrente, mas o melhor mesmo é confirmar as regras do jogo junto da Associação Portuguesa das Agências de Viagens e Turismo (APAVT), caso a Agência e/ou os seus Agentes sejam associados, e dar conta das situações de abuso e má-fé à Direcção Geral de Turismo.

2Comentários

à s 11:50 da manhã, Anonymous Anónimo disse...

Claúdia,
faz anos que não nos falamos,e ao pesquisar seu nome no google fiquei feliz por reencontrá-la,nem que de uma forma virtual.Alegra-me ver-te realizada na carreira,e para minha surpresa fora do direito.O rumo que damos a vida é um mistério,tomamos decisões e arcamos com as consequências.Hoje posso falar que minhas decisões não foram as melhores,mas sempre há tempo para modificá-las.Foi muito bom saber que estás bem,e quero te agradecer por teres sido uma amiga importante em minha vida.Que Deus te abençoe.
A.F.

 
à s 12:07 da tarde, Blogger Cláudia Vau disse...

Drika, és tu? Que saudades...
Obrigada por "esticares a mão" desde tão longe, no espaço e tempo, e por me deixares uma carícia sob a forma de comentário.
Mas agora quero saber mais de ti! P.f. contacta-me no trabalho, para trocarmos números e e-mails pessoais, está bem?
Segue este link:
http://anpub.workmedia.pt/indice_alfabetico.php?empresa_id=63199

 

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