GRANDES & pequenas

No primeiro "Causas Comuns" deste ano, Alexandre Rosa - vice-presidente o IEFP - disse que «a Responsabilidade Social das Empesas (RSE) [só] está na moda, porque é uma exigência [...] um imperativo e uma obrigação [para] as empresas que quiserem operar na sociedade moderna». Acontece que esta é apenas uma das acepções da RSE. Na verdade e em toda a sua extensão, a RSE não está legalmente consagrada como peremptória em Portugal, como não o está para a generalidade das empresas em nenhum país do mundo.
As exigências colocam-se, quando muito, às grandes empresas e para as outras existe um apenas um conjunto de sugestões que, há sua medida e para além do que é efectivamente exigível por lei (pagamento de impostos, salários justos, respeito pelo ambiente, etc.), podem também contribuir para o bem-estar das comunidades em que estão inseridas, por exemplo, através da promoção da qualidade de vida dos seus trabalhadores e do apoio a iniciativas, associações e colectividades locais.
A DHL, a IBM e a Vodafone estiveram representadas neste programa da 2: pelas respectivas responsáveis máximas de comunicação - Teresa Manso e Conceição Zagalo - ou qualidade (Luísa Pestana) - no caso da DHL - que deram conta das acções e projectos de RSE em que as suas empresas estão envolvidas, da área do ambiente ao voluntariado empresarial. É certo que respiramos melhor quando se partilham testemunhos deste tipo, em que o tempo partilhado em nome de uma causa - com ou sem (re)nome - se transforma em cerejas (como se uma história puxasse a outra), mas também é certo que o país e a Europa são essencialmente movidos por pequenas e médias empresas (PME), sem a capacidade de contribuição social das multinacionais.